domingo, novembro 25, 2012

Música: The Maine

Dentre as bandas que eu conheço a fundo, The Maine é aquela cujo amadurecimento é mais evidente. Atualmente gravando seu quarto álbum, pode-se perceber sua evolução. Enquanto o primeiro CD é mais direcionado ao público feminino adolescente, o segundo já é mais neutro quanto ao sexo dos fãs e o terceiro, completamente neutro. Além disso, pelo menos na minha opinião, sua música foi ficando cada vez melhor!

A banda The Maine, cujo nome surgiu a partir da música Coast of Maine, da banda Ivory, foi criada em Tempe, no Arizona, por Pat Kirch, bateria, e Garrett Nickelsen, baixo. Logo se juntaram a eles John O'Callaghan, vocal, Ryan Osterman e Alex Ross, ambos na guitarra. Os dois guitarristas mais tarde saíram e foram substituídos por Kennedy Brock e, por último, Jared Monaco. Não estou exagerando quando digo que todos eles são talentosos. A voz de John é completamente única, Garrett é o melhor no baixo... E por aí vai.

Seu primeiro disco (sem contar EPs) foi Can't Stop, Won't Stop (2008), que tem músicas boas, como Into Your Arms (vídeo). As letras, no entanto, não são tão brilhantes como as mais recentes. O fato é que a maioria das letras fala de relacionamentos, como "Diga que você me ama, e tudo ficará bem. Você está pensando em mim? Venha comigo essa noite.", de I Must Be Dreaming. Por outro lado, minha música preferida da banda, We'll All Be, está no disco.

   Into Your Arms

O segundo CD foi Black & White (2010). Já dá para notar uma mudança no tipo de música. Don't Stop Now, Color e Every Road ainda lembram um pouco o primeiro álbum, o que não significa que sejam ruins. Ainda há letras de amor, mas, bem, me expressei mal, não sobre amor, mas sobre garotos e garotas. Mas há menos "Eu estou me apaixonando, mas está caindo aos pedaços" (Into Your Arms), e mais "Ela se apresentou pelo sobrenome. O tipo de garota que você rouba do time de futebol americano" (Right Girl, vídeo). 

Right Girl

O terceiro e (por enquanto) último disco da banda é Pioneer, ao qual eu não tenho críticas. De verdade. Tem uma pegada mais rock, as letras são incríveis e muito reais, as músicas viciam. O CD conta ainda com um hidden track (uma "música escondida"), One Pack of Smokes from Broke, que eu considero uma das melhores, embora algumas pessoas possam não gostar, por ter um começo muito lento. Depois de cinco minutos de silêncio que seguem a suposta última música, Waiting for my Sun to Shine, ouve-se o hidden track

Adoro Identify (segundo vídeo). Mesmo que metade da letra seja apenas Yeah, Identify, o que eu não critico por conta dos ótimos solos por trás, ela, como muitas das outras músicas, tem um significado, que, se analisado calmamente, é muito verdadeiro. As letras são sinceras: "Algumas coisas não estão em minhas mãos. Eu sou o que o tempo e a consequência fizeram de mim." When I'm at Home também é nesse estilo.

Depois de My Heroine, Misery (primeiro vídeo), o primeiro single do álbum, é a música mais rock do CD, então não pensem que todas as outras vão nesse estilo. Para que isso não aconteça, coloquei também o vídeo de Identify:

Misery

Identify


Acho que o motivo dessa evolução da banda foi, além de seu crescimento como pessoas, o fato de não ter uma gravadora por trás deles. A partir do Pioneer, a banda tornou-se independente, o que foi ótimo para seu desenvolvimento. Agora são só os cinco, seu empresário e irmão do baterista, Tim Kirch, o fotógrafo Dirk MaiMatt VanGasbeck, o tecladista, e alguns outros da produção. Sem uma gravadora, eles são livres para fazer o que quiserem e estão indo muito bem.

O bom de ser fã brasileiro do The Maine é que eles têm muitos fãs aqui no nosso país, então vêm para cá com frequência. Vieram agora em julho e gravaram seu primeiro DVD no show de São Paulo. Estou louca para comprar, porque amo a banda, mas, principalmente, porque eu fui nesse show! Chama-se Anthem for a Dying Breed, que é um trecho da música Don't Give Up on 'Us'.

Fiquem com uma foto da banda por Dirk Mai (sim, eles adoram fotos em preto e branco) e até amanhã!
Gih


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não deixe de comentar suas opiniões, críticas, sugestões... Mas spans, comentários com palavras de baixo calão ou preconceituosos não vão passar na moderação, então pense antes de comentar. Obrigada!