sexta-feira, novembro 23, 2012

Livro: Gatos Sortudos, Juliana Bussab e Susan Yamamoto


Gatos Sortudos é o livro mais adorável que eu já li. E, mais do que isso, ajuda gatinhos que um dia passaram frio, fome, sede, e hoje estão precisando de um lar.

Como assim? Bem, esse livro foi escrito por Juliana Bussab e Susan Yamamoto, as fundadoras da ONG Adote um Gatinho, na foto ali embaixo com esse gatão. Elas trabalham com seus voluntários há quase dez anos resgatando gatos das ruas da cidade de São Paulo, cuidando, castrando, vermifugando e vacinando-os, e então doando-os para famílias interessadas, de São Paulo ou do ABC.

Hoje, o Adote um Gatinho é considerado a maior ONG de resgate e doação de gatos do Brasil, mas não conseguiu nenhum patrocínio desde que foi criado. Vive das doações de pessoas como nós, que se importam com os gatos, das vendas da lojinha no site e muitas vezes da conta pessoal das fundadoras.

E é aí que o Gatos Sortudos entra. As autoras abriram mão dos diretos autorais e os doaram para a ONG. Assim, quando você compra o livro, está ajudando os gatinhos que chegam da rua maltratados, famintos e doentes.


A passagem a seguir não é um trecho do livro, e sim do boletim de outubro da ONG, que você pode receber por e-mail todo o mês se cadastrando no site do Adote um Gatinho. É a história de uma gatinha resgatada, da foto embaixo da das fundadoras, que logo entrará para adoção. Não tem nenhuma história do gênero no livro, mas gostaria que vocês soubessem do tipo de trabalho que o Adote o Gatinho faz:

"Quando falamos para as pessoas protegerem seus gatinhos pretos em época de Halloween/Dia das Bruxas, não é à toa. Essa gatinha escapou graças a uma menina de 15 anos que nos enviou o seguinte e-mail em pleno dia 31/10: 'Ontem, eu vi uma coisa que nunca tinha visto na minha vida. Pessoas estavam fazendo uma macumba  aqui na comunidade em que moro. Jogaram farofa e bebida, pregaram o gato numa madeira cheia de desenho e largaram ele lá, cheio de vela em volta. Eram três adultos. Um coisa super sinistra. Quando eles foram embora, dei um tempo, fui lá. Ele estava amarrado com fitas vermelhas e pretas, tinha uma parte do pelo das costas raspado e tinha sangue lá. Ele estava vivo. Eu e minha mãe trouxermos ele para casa e queríamos que vocês pegassem ele pq não temos dinheiro para ficar com ele...ele é bonzinho.' Imediatamente mandamos buscar a gatinha e, felizmente, ela está bem de saúde. A pequena está se recuperando do susto na casa da Regiane e, em breve, poderá ter um final feliz em uma casa com muito amor."

Essa é a crueldade humana.  

Bem, vamos à história do livro. Quero dizer, às histórias, pois são doze, cada uma sobre um ou dois gatinhos, todos resgatados. São histórias reais, tocantes, que te fazem querer xingar aqueles que maltratam os gatos, abraçar o seu próprio, se você tiver um, e parabenizar a Susan e a Juliana pelo trabalho tão lindo que fazem. Elas não hesitariam em passar a noite em claro com um gatinho doente, levar um outro à UTI às 3h da manhã se fosse necessário, abrir mão de muita coisa por esse bichinhos.

Cada história traz consigo uma adorável ilustração do gatinho em questão, como essa da gatinha Emília (ao lado), e no início há páginas com fotos dos mesmos. O livro foi muito bem escrito (tanto é que é capaz de arrancar algumas lágrimas) e mesmo que o dinheiro não fosse para a ONG, eu compraria, pois gostei de ler histórias tão bonitas que te fazem pensar. Além disso, a leitura flui, é rápida, e dá vontade de reler.  Não pude evitar, e logo depois que virei a última página visitei o site da ONG e fiquei admirando os gatinhos para adoção, muitas vezes com histórias tristes, hoje tão saudáveis e bonitos.

Escrevo essa resenha como blogueira, mas como amante te gatos também. Essa resenha e tudo o que direi são iniciativas minhas e acho sinceramente que as minhas próximas palavras poderiam interessar a alguns de vocês. Espero que sim.

Se você quiser ajudar a ONG, entre no site adoteumgatinho.uol.com.br (<- clique no link). Através desse, é possível descobrir como fazer doações de ração, remédios, cobertores, e qualquer quantia em dinheiro, que será utilizada no tratamento dos gatos. Também é possível comprar os lindos produtos que a lojinha do Adote um Gatinho oferece: há cobertores, camisetas, potes de ração, agendas, calendários etc. Se quiser adotar um gato, é necessário que viva na cidade de São Paulo ou na região do ABC, e, presando a segurança dos bichinhos, a ONG exige que todas as janelas da casa ou apartamento sejam teladas, inclusive basculantes. O Noruega, por exemplo, gatinho preto da foto aqui ao lado, está esperando por um lar.

Se você mora em São Paulo, não perca a oportunidade de ir no Bazar de Natal do Adote um Gatinho, que acontecerá no dia 02 de dezembro, no Clube Homs, Avenida Paulista. Eu estaria lá. Haverá venda de produtos do Adote um Gatinho e de seus parceiros, e o dinheiro dos produtos irá para os gatinhos. Há mais informações no site.

Obrigada por terem lido. Sei que essa não foi uma simples resenha, mas acho que, para que o mundo se torne um lugar melhor, atitudes devem ser tomadas. Juliana Bussab e Susan Yamamoto já tomaram as delas, e eu me sentiria envergonhada se, diante de um trabalho tão lindo, fizesse a resenha do seu livro de forma imparcial. Não vou fingir não me importar com os animais. E você?

Gih


6 comentários:

  1. Nossa, que crueldade fizeram com essa gatinha. É assim que nós podemos ver como o mundo está hoje em dia, a ponto de uma pessoa pegar um animal indefeso e fazer essa barbaridade.
    http://leituramagnifica.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Ana Caroline,
      É verdade, as pessoas estão cada vez mais cruéis... Em compensação, tem algumas muito boas, como as fundadoras dessa ONG.
      Beijos,
      Gih

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  2. Oi, Gi.
    Apesar de não ter um gato (porque meus pais não deixam!), acho eles bichinhos super fofos e sempre tive o sonho de ter um.
    Adorei a resenha e fiquei com muita vontade de ler o livro.
    Acho que pessoas que maltratam qualquer tipo de animal deveriam ser punidas!
    Parabéns às autoras por esse incrível e lindo trabalho!
    Beijos.
    Gabi Wegner

    http://livrosemeninas.blogspot.com

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    1. Oi, Gabriela,
      Nesse aspecto eu tive muita sorte, porque minha mãe ama gatos e eu já tive dois!
      Vale mesmo apena ler o livro, são histórias muito bonitas. Fico feliz que tenha gostado da resenha!
      Eu acho que para as pessoas que maltratam os animais serem punidas, só cabe àqueles que têm bom coração denunciá-los. Uma pena que muitos não façam nada.
      Beijos,
      Gih

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  3. Oi, Gih.
    Nossa, adorei a sua resenha e, como você, também sou uma amante dos animais. Adoro todos e acho que são mil vezes mais fieis do que as pessoas. Ainda me surpreendo com a maldade humana, acredita nisso?Pois é, já era para estar acostumada afinal todos os dias percebo cada vez mais que o ser humano não é digno de ser considerado o ser "racional", claro que não posso colocar todos no mesmo saco afinal existem almas boas como a Susan e a Juliana que realmente fazem um trabalho maravilhoso.
    Bjs!

    Books and Movies

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    1. Oi!
      Sim, eu também acho que os humanos não estão fazendo jus ao título de racionais... O jeito é ter esperança e fazer o possível para ajudar esses animais.
      Beijos,
      Gih

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